Eu ainda era adolescente e costumava observar o comportamento
do meu avó antes de votar. Parecia um verdadeiro ritual, ele se preparava com
um dos melhores ternos, colocava a gravata, empunhava seu título de eleitor e
dirigia-se a uma pequena escola pública que havia no bairro, da não menos
pequena Vitória da Conquista- BA. No percurso era saudado por parentes,
vizinhos e amigos, meu avô sentia-se orgulhoso e, votar para ele era mais que
uma obrigação, era um ato voluntário revestido de consciência e orgulho de ser
praticado.
O tempo passou, meu avô faleceu, eu me mudei para São Paulo e, aqui na cidade
grande inspirado no exemplo do meu avô, logo transferi meu título para a “terra da garoa” a fim de exercer meu
direito de cidadão. Evidente que as coisas mudam e, mudarão é a dinâmica da vida
em sociedade. Em São Paulo, “coração do Brasil”, “terra de oportunidades” e “onde
filho chora e mãe não vê” tive oportunidade de conhecer um pouco mais sobre “política”
e, confesso fiquei decepcionado com alguns dos políticos nos quais votei e, que
estavam envolvidos no mensalão.
A democracia ainda que falha em alguns pontos, a vejo como um
regime plausível ao nosso Brasil embora passível de melhoras. O fato é que
nosso voto deve ser fruto de observações e conhecimento prévio da conduta dos
nossos eleitos, propostas e programas de governo.
Confesso que às vezes me sinto tentado a explicitar meu voto,
talvez na tentativa de persuadir ou influenciar alguém a votar nos meus
candidatos, mas como pastor devo respeitar as escolhas das outras pessoas e oro a Deus pelo nosso país nesse período,
conclamando você a votar em gente que tem princípios éticos, que valoriza e
prioriza a educação, saúde, transporte público, segurança pública, saneamento
básico, sustentabilidade, justiça social,
habitação, políticas públicas para as crianças, idosos, juventude, geração de empregos, combate às
drogas e criminalidade, entre outras necessidades de nosso país. Essa é a nossa
oportunidade, um voto faz toda a diferença, o meu e o seu vale tanto quanto o
voto do Pelé, então vamos votar, conscientemente.
Ah em quem votarei no próximo domingo? O voto é pessoal,
secreto e intransferível...
Marcos Queiroz, pr.
Nenhum comentário:
Postar um comentário